Daquilo que chamamos de orgulho

A pessoa não sabe o que faz! Não se decide. Decide às vezes, não se entrega por inteiro e fica em cima do muro. Coloca muitas vezes o jogo do orgulho como primordial numa relação fazendo do companheiro um palhaço.  O lance do orgulho que eu vejo acontecer de forma explícita é mais ou menos assim:
Quem se entrega primeiro perde. Num relacionamento não existe coisa melhor do que chegar e dizer “eu te amo”. Sem medo de não haver reciprocidade. Por exemplo: Você manda uma mensagem. No caso, um “what”: “oi, como vai? Como foi o seu dia?” Realmente uma forma simplificada de puxar um assunto com esse garoto legal que você quer ter perto de si. Daí a pessoa dá um tempinho, “se eu responder agora ele vai achar que eu sou fácil, então tenho que demorar, ele ver que sou difícil... Mesmo assim vou responder só com um Oi.” Aquela mera ignorada gera pontos para você nesse jogo do orgulho. Esse duelo para se mostrar o mais forte numa relação. Muitas vezes, a pessoa faz isso também pela incerteza. Não decide o que quer. Prefere continuar acomodada, tendo alguém para coçar o seu ego. A dúvida acontece quando ela acha que poderia ser melhor: sair, conhecer mulheres na academia, se dar bem em noitadas e festas, quando na verdade nada substitui uma boa dose de cumplicidade, amizade e reciprocidade! 

Ninguém quer ficar com alguém que não se decide! Você está numa relação, está achando bacana, então por que atrasar o inevitável? Por que esse “eu te amo” deve ser visto com maus olhos? Quando o casal que se gosta vai ficar de boa, sem orgulho e incertezas? Talvez quando as pessoas quiserem ser mais feliz, esse lance acaba. Nós estamos aqui. Vamos viver. Curtir essa reciprocidade... Ser feliz do nosso jeito. Sem joguinhos... Isso é o que importa. Que faz a diferença. 

Por: Geovane Mateus